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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Burburinho da Alma

"Na terra dos Deuses e Monstros, eu era um anjo. Vivendo no paraíso do demônio!"

hoje não sofro mais por amor. por beijos esquecidos. por frases mal interpretadas. ou então por tampouco paixões ilusórias. sofro de dores anais. dores essas que no fim trazem prazer. que deixam em êxtase. são essas mesmas dores que proporcionam um misto de paz, solidão, loucura, desejo, vivacidade. Dita, uma vez em suas inúmeras cartas deixadas a Johnny (antes de descobrir que ele pescava tubarões com seu melhor amigo, se é que me entendem) ela dizia ser uma dominadora, uma planta venenosa, uma lanterna nos momentos mais sombrios. me considero um profissional do amor. sem sofrimento. pois amor que é amor não causa dor. amor que é amor não causa solidão. amor que é amor não machuca. foram tantos homens que já passaram pela minha vida. tantos homens no qual me apaixonei perdidamente e nunca sequer fui correspondido. o amor romântico, a dor do amor romântico sem dúvidas mata a alma muito mais rápido que uma decepção de cama. ou então uma decepção de chão mesmo. aprendi cuidadosamente que não devo magoar quem me ama. aprendi cuidadosamente que jamais devo maltratar quem nunca teria a coragem de me bater. a não ser por amor. pois afinal, quem não gosta de levar uns tapas? quem não gosta de ser chamado de putinha? quem não gosta de ouvir a voz grossa e excitante do seu macho urrando de prazer quando esta dentro de você?

já dizia o poeta "o mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós". por quê mesmo? por quê esperam tanto? as coisas podem ser tão simples resolver. as coisas podem ser tão simples desfazer. refazer. moldar. reinventar.

estou apaixonado.
e isso soa confuso.

mas é verdadeiro.

"eu te amo. e era pra ser em terceira pessoa. era pra ser algo poético.
mas meu amor já fica acima de tudo.
meu amor. seu amor.
nosso amor!"