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domingo, 17 de junho de 2012

Like A Cobra

e foi mais ou menos assim:

ele estava em uma floresta, mas uma floresta muito feia. e havia muitas cobras. MUITAS cobras mesmo. ele estava com sua câmera fotográfica, e no seu ipod estava a tocar algumas bandas grunge. ele era fã do grunge. mas ouvia gospel também. ele era eclético. as vezes, até demais. então, partiu dali e adentrou ao ambiente onde havia cobras escondidas.

mas as cobras não representavam nada de escatológico. nada de anormal. pelo menos até o momento em que uma em particular começou a provocá-lo. ela sorria pra ele. de uma forma demoníaca. de uma forma debochada. malévola. então, ele começou a se borrar de medo. mas SE BORRAR mesmo. e então, sorria também pra disfarçar. a placa dizia que as cobras não tinham veneno. mas no olhar daquela cobra havia veneno pra dar e vender.

ele se aproximou e ela começou a dar pi-roletas na água. e isso começou a assusta-lo e pensou em sair dali. e de repente não havia como sair dali. não havia mesmo. e sua câmera foi a primeira coisa que a cobra conseguiu tirar da sua mão, em um pulo de susto. e caiu na água; e de repente ele já estava em uma poça de água, imerso. como se estivesse afundando em uma areia movediça. e as coisas ficaram complicadas porque de repente a cobra começou a falar, falar, falar, e a língua dela ele não conseguia entender.

e ninguém entendeu nada quando ele contou isso na sala.

absolutamente nada.

pois é.