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sábado, 11 de junho de 2011

Livros que não publiquei

Postarei aqui uns trechos de livros que escrevi e que jamais vou publicar. Histórias sem sentido, baseadas em fatos não reais, e sim em boatos da minha imaginação.

Capítulo Um
Piloto

A infelicidade é eterna. A felicidade sim é passageira, como eu descobri isso? Tomando no cu diversas vezes. E olha que nem conto com as vezes que dei com vontade. Falo das vezes das humilhações, dos deboches no trabalho, das risadas dos enrustidos na faculdade. Tomei muito no cu. Por isso eu começo essa historia com esse mau-humor infernal. Tive uma infância feliz, meu pai trabalhava numa granja, minha mãe era a galinha máster, minha irmã não ficava muito atrás. Tive alguns problemas obvio como toda criança nerd. Tive traumas imensos com desenhos animados, quando assistia Halloween 2 me arrepiava de medo daquela criança infeliz aparecendo na escada com aquele nariz de palhaço e com aquela faca na mão. Me lembro de ter sido jogado na valeta pelo meu próprio pai aos 3 anos de idade. Tudo isso foi juntando, juntando e juntando. Digamos que fiz analise a vida inteira. Com meus ursos de pelúcia, eles sim tadinhos sabem de toda minha historia. Eu não nasci a dez mil anos atrás mas parece uma eternidade que estou vivendo. Ontem mesmo tentei sair pra uma balada mas não consegui, minhas amigas e amigos me pressionam. São os primeiros a me atirar pedras porque quando eu saio pareço um virgem, não beijo, não trepo e nem sou fodido. Muito menos isso. Antes fosse, quem sabe não reclamasse tanto. Minha mãe morreu quando eu tinha 14, e meu pai... Bom, esse só Deus sabe. Deve ter encontrado alguma prostituta ou deve ter morrido em alguma valeta da vida. Enfim, Deus não foi bondoso comigo. Só quando me deu uma bolsa de estudos em São Paulo. Rodei essa cidade, como eu rodei. Não em todos os sentidos, mas digamos que eu vi muita coisa. Até fantasmas no trecho que liga a tiête com a pinheiros. Isso acontecia sempre, ainda mais quando a "coca" rolava solta na casa da Haydê. Sim, é bem por essa historia que vou começar.


Algumas horas antes do adeus (Contém 23 capítulos. Escrito entre o outono e o inverno de 2008)